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RELATOS REAIS DE PESSOAS

Às vezes, uma mudança começa de forma silenciosa — sem grandes promessas, sem alarde, apenas com a decisão de fazer algo por si mesmo. Pequenas escolhas cotidianas, feitas com intenção, podem abrir caminhos inesperados e revelar transformações profundas.

Os relatos a seguir mostram exatamente isso: pessoas comuns que, ao incorporarem uma prática simples no dia a dia, passaram a se enxergar com mais clareza, a viver com mais presença e a encontrar um novo sentido em meio à rotina. São histórias reais, discretas, mas profundamente humanas.

Carla, 33 anos

Durante muito tempo, eu achava que leitura era só coisa de quem estudava ou precisava passar em algum concurso. Nunca pensei que ler pudesse me trazer prazer ou fazer bem pra minha mente. Até que, num dia difícil, encontrei um livro esquecido na estante. Comecei a ler sem esperar nada… e terminei em lágrimas.
Aquela história falou comigo de um jeito que ninguém tinha conseguido antes. Desde então, comecei a ler aos poucos, no meu tempo. Descobri mundos, ideias, emoções. A leitura virou meu abrigo e, muitas vezes, minha salvação. Hoje, se fico muitos dias sem ler, sinto que algo me falta. É meu jeito de cuidar de mim.

Diego, 24 anos

Quando eu era criança, adorava histórias em quadrinhos. Mas com o tempo, fui deixando isso de lado. Celular, redes sociais, vídeos… tudo era mais rápido, mais fácil. Mas percebi que minha concentração tava péssima, e minha cabeça sempre acelerada.
Decidi tentar voltar a ler. No começo, foi difícil — eu não conseguia passar de três páginas sem me distrair. Mas insisti. Escolhi livros curtos, interessantes, com temas que eu gostava. Hoje, ler virou meu treino de atenção e também meu momento de paz. A leitura me trouxe de volta pra mim.

Renata, 39 anos

Depois do nascimento dos meus filhos, quase tudo na minha vida girava em torno deles. Eu mal lembrava do que gostava de fazer antes. Um dia, mexendo numa caixa antiga, achei um livro que amava na adolescência. Peguei pra reler.
Foi como reencontrar uma parte esquecida de mim. Comecei a separar uns minutos por dia pra ler — às vezes antes de dormir, às vezes enquanto o café passava. E esse simples hábito foi reacendendo algo dentro de mim. A leitura me lembrou que eu ainda existo além dos papéis que desempenho. E isso tem sido essencial.

No fim, o que realmente transforma não são os gestos grandiosos, mas os compromissos silenciosos que assumimos com nós mesmos. Quando algo começa a fazer sentido por dentro, a vida aos poucos se reorganiza. E é nesse espaço íntimo, longe das pressas e das distrações, que surgem as mudanças mais sinceras — aquelas que permanecem.

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