Sabrina, uma mulher de 28 anos, trabalha como assistente administrativa em uma empresa de eventos e mora sozinha em um pequeno apartamento de um bairro tranquilo. Sempre foi gentil e prestativa com todos ao seu redor, especialmente com os vizinhos, acreditando que boas relações de convivência tornavam o ambiente mais harmonioso. Porém, essa boa vontade acabou sendo explorada por uma vizinha manipuladora.

Tudo começou quando essa vizinha, muito simpática e comunicativa, passou a frequentar o apartamento de Sabrina com frequência, pedindo pequenos favores — como ajuda com compras, empréstimos de utensílios e até dinheiro “emprestado”. No início, Sabrina acreditava estar apenas sendo prestativa, mas com o tempo percebeu que os pedidos eram constantes e sempre acompanhados de elogios falsos e histórias tristes que despertavam pena.

A vizinha usava a emoção para manipular: dizia estar passando por momentos difíceis, chorava e fazia promessas de retribuir a ajuda, o que nunca acontecia. Quando Sabrina tentava se afastar ou negar algum pedido, era acusada de ser fria, egoísta ou ingrata. Aos poucos, Sabrina começou a sentir-se presa a uma relação em que era constantemente usada, mas emocionalmente culpada por reagir.

Com o passar dos meses, o impacto emocional tornou-se evidente. Sabrina sentia-se cansada, ansiosa e desconfiada de suas próprias decisões. A vizinha havia se tornado invasiva, comentando sobre sua vida pessoal, julgando suas escolhas e tentando interferir nas suas relações com outras pessoas do prédio. O ambiente que antes transmitia paz passou a ser motivo de tensão diária.

Com esforço, Sabrina decidiu impor limites, evitando conversas prolongadas e se afastando de forma educada, mas firme. Apesar disso, o convívio forçado no mesmo edifício ainda a faz lembrar o quanto a manipulação pode corroer a tranquilidade e o bem-estar emocional quando não é reconhecida a tempo.