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CECÍLIA

Lidando com pessoas controladoras

Cecília, uma mulher de 34 anos, trabalha em um supermercado e mora em um apartamento espaçoso no centro da cidade. Sempre foi organizada, comunicativa e valorizava muito sua independência, tanto no trabalho quanto na vida pessoal. Acredita que cada pessoa deve ter liberdade para tomar decisões e conduzir sua própria rotina. No entanto, nos últimos meses, ela começou a enfrentar uma situação desgastante com uma colega recém-conhecida, cuja postura controladora vinha interferindo em suas escolhas e na maneira como ela vivia seu dia a dia.

No início, a relação parecia cordial e até colaborativa. A colega se mostrava prestativa, sugeria ideias e parecia interessada em ajudar Cecília a se adaptar ao novo ambiente de trabalho. Mas rapidamente os gestos amigáveis começaram a se transformar em imposições. Comentários sutis sobre como Cecília deveria organizar seu trabalho, horários para cumprir tarefas ou mesmo decisões pessoais passaram a ser frequentes. A colega não apenas opinava, mas tentava direcionar cada passo de Cecília, sempre com uma justificativa de “é melhor assim” ou “você devia fazer dessa forma”.

Cecília começou a sentir uma crescente tensão ao perceber que sua autonomia estava sendo constantemente desrespeitada. Tentou impor limites discretamente, explicando suas escolhas e estabelecendo prioridades próprias, mas a colega reagia de forma insistente, ignorando qualquer resistência e, por vezes, questionando a competência de Cecília de maneira velada. Isso a deixava confusa, frustrada e, em certos momentos, ansiosa por temer que sua postura fosse interpretada como inadequada ou incompetente.

Com o passar das semanas, o impacto emocional se intensificou. Cecília percebeu que a constante tentativa de controle estava drenando sua energia e minando a confiança que tinha em suas decisões. Atividades que antes eram simples passaram a gerar ansiedade, e ela se via revendo planos e atitudes por medo de gerar atrito com a colega. Esse comportamento afetou não apenas o convívio profissional, mas também a sensação de segurança e bem-estar durante o dia a dia.

A postura controladora da colega começou a corroer gradualmente o senso de independência de Cecília, deixando-a mais cautelosa e desconfiada em relação a outras pessoas no trabalho. Cada interação se tornou um esforço para preservar seu espaço e manter a rotina sem ceder à pressão constante. A sensação de ser observada e dirigida em cada passo tornou o ambiente pesado e emocionalmente desgastante.

Essa experiência que Cecília viveu ao conviver com uma pessoa controladora é mais comum do que se imagina. Muitas pessoas acabam lidando diariamente com relações em que alguém insiste em ditar escolhas alheias, sem considerar limites ou respeito pela autonomia do outro.

No próximo conteúdo, você irá conhecer detalhes profundos sobre o comportamento controlador — como ele se manifesta, suas motivações e os efeitos que gera — para compreender com clareza o impacto que esse tipo de postura causa e construir uma base de entendimento sólida sobre como lidar com pessoas controladoras de forma madura.

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