ANA
Papéis e responsabilidades não exercidas na família parental
Ana, 21 anos, ainda mora com seus pais e um irmão mais novo. Está na faculdade, mas costuma dedicar seu tempo mais às redes sociais e a programas de lazer do que às tarefas domésticas ou às responsabilidades que deveria assumir dentro de casa.
Desde a adolescência, Ana se acostumou a evitar responsabilidades. Quando a mãe pedia ajuda nas tarefas da casa, ela enrolava até que alguém fizesse por ela. O pai, por sua vez, sempre cobrava mais disciplina, mas diante da resistência, acabava cedendo. Assim, pouco a pouco, ela foi deixando de assumir os papéis que lhe cabiam como filha e membro da família.
Essa omissão começou a gerar tensões. O irmão, por exemplo, sentia-se sobrecarregado, já que muitas tarefas caíam sobre ele. A mãe vivia exausta por acumular funções que deveriam ser compartilhadas, e o pai frequentemente se irritava com a falta de postura responsável de Ana. E por fim, todos sentiam que o equilíbrio familiar estava comprometido.
Com o passar do tempo, Ana no fundo percebia os efeitos dessa postura até em si mesma. Por evitar compromissos, começou a desenvolver insegurança para lidar com desafios fora de casa, como trabalhos acadêmicos e estágios. Sentia dificuldade em ser vista como madura e confiável pelas pessoas, pois sempre deixava a impressão de que não assumia o que lhe cabia.
Ainda assim, Ana continuava a se esconder atrás da ideia de que “alguém sempre acaba fazendo por mim”. Mas, pouco a pouco, começou a notar que esse comportamento estava minando suas relações familiares, amizades e prejudicando seu crescimento como pessoa.
Essa foi a experiência de Ana ao não exercer suas responsabilidades na família. Muitos filhos e filhas vivem essa realidade, evitando papéis que são fundamentais para a harmonia familiar e para a formação da própria maturidade.
No próximo conteúdo, você vai aprender orientações importantes sobre como enfrentar esse problema, desenvolver responsabilidade e construir uma postura mais madura diante da vida.