Sabrina, uma mulher de 33 anos, é casada há quatro anos e trabalha como professora em uma escola particular. No início do casamento, acreditava ter encontrado em seu marido um companheiro presente, com quem pudesse compartilhar sonhos e construir uma vida em comum. No entanto, com o passar do tempo, começou a perceber sinais de afastamento e indiferença que se tornaram cada vez mais frequentes.

O marido de Sabrina passou a chegar em casa tarde, evitando conversas e trocas de afeto. Aos poucos, ele deixou de participar das decisões do lar, demonstrando desinteresse até pelas pequenas coisas do cotidiano. Mesmo quando ela tentava dialogar, ele permanecia distante e frio, como se já tivesse decidido algo dentro de si.

Até que, em uma noite silenciosa, ele disse com firmeza que não queria mais ficar com ela. Falou que desejava viver a vida dele, longe das responsabilidades e dos compromissos do casamento. Suas palavras foram duras, mas ditas com uma serenidade que mostrava que a decisão estava tomada. Poucos dias depois, ele arrumou suas coisas e saiu de casa — sem planos de retorno.

O lar, que antes era um espaço de planos a dois, transformou-se em um lugar de silêncio definitivo. Sabrina ficou sozinha para lidar com as rotinas, as contas e o peso emocional do abandono. A ausência dele não era apenas física, mas também uma ferida emocional profunda, que a fez questionar seu valor, suas atitudes e o sentido de ter se doado tanto a alguém que simplesmente decidiu partir.

As noites tornaram-se longas e cheias de angústia; as lembranças do que viveram misturavam-se com a dor de ter sido deixada de forma tão direta. Mesmo assim, Sabrina tenta recompor sua vida. Procura apoio em amigas, foca no trabalho e busca reconstruir um projeto pessoal que não dependa mais da presença do outro.

Hoje, embora ainda sinta a ausência e o vazio que a separação deixou, ela entende que precisa seguir. Reaprender a confiar e redescobrir seu próprio valor tornaram-se seus novos desafios.