Há algo sagrado no ato de sentar,
num canto tranquilo, apenas pra saborear.
Não é só a comida que toca o coração —
é o gesto inteiro, é a intenção.

O prato chega, quente e gentil,
trazendo o mundo num toque sutil.
Sabores dançam, aromas se abraçam,
lembranças surgem, sentidos se entrelaçam.

No canto do salão, risos e cheiros,
momentos breves, mas verdadeiros.
Um gole, um silêncio, um olhar no ar —
tudo ali convida a simplesmente estar.

E assim, à mesa, sem precisar dizer,
você sente a vida acontecer.
Não há urgência, só um respirar:
um instante simples... a alma a se alimentar.