Raquel, uma mulher de 35 anos, trabalha como auxiliar de projetos em uma grande empresa de tecnologia. Sua rotina é intensa e exigente, com prazos apertados e muitas responsabilidades. Ela começa o dia cedo, muitas vezes após uma noite de sono insuficiente, devido à insônia causada pelo estresse.

Sua maneira de lidar com os diversos problemas da sua vida era ignorando-os e fugindo deles se mantendo ocupada com as atividades do trabalho (mesmo fora do expediente), saindo de casa para dar uma volta pela cidade e ir à lanchonetes, sorveterias e outros tipos de estabelecimentos ou praticando suas atividades favoritas com intenção de se distrair e esquecer seus problemas.

Raquel costumava desfrutar de hobbies como pintura e leitura, mas agora sente que não tem energia ou tempo para essas atividades. Com o aumento da intensidade de seus problemas, ela se isolou socialmente, afastando-se de amigos e familiares devido à constante sensação de cansaço e sobrecarga. Suas interações sociais são limitadas a colegas de trabalho, e mesmo essas são superficiais e relacionadas apenas ao trabalho.

Para lidar com esse estresse, Raquel começou a consumir álcool com mais frequência. O que começou como um copo de vinho para relaxar à noite se tornou um hábito diário que às vezes se estende a mais de uma garrafa. Ela evita buscar ajuda, sentindo que isso seria um sinal de fraqueza ou incapacidade de lidar com suas próprias responsabilidades.

Raquel frequentemente se sente ansiosa e deprimida. Ela experimenta crises de choro e sentimentos de desesperança, mas mascara esses sentimentos no trabalho, mantendo uma fachada de competência e eficiência. À medida que o tempo passa, Raquel percebe que sua produtividade está diminuindo e que está cometendo mais erros, o que aumenta ainda mais sua ansiedade e sensação de inadequação. Também sente de que sua mente está pouco a pouco sendo prejudicado, comprometendo sua satisfação e bem-estar na própria vida.