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A VIDA ATUAL DA SABRINA

Decidindo abraçar a mudança necessária

Quando percebi que estava sendo manipulada, senti como se algo dentro de mim tivesse se quebrado. Sempre acreditei que ser gentil e ajudar os outros era um gesto de bondade — mas, sem perceber, essa bondade estava sendo usada contra mim. A vizinha que eu via como amiga começou, pouco a pouco, a invadir meu espaço e minha paz. No começo eram apenas favores pequenos, mas logo vieram os pedidos insistentes, as histórias tristes e as tentativas de me fazer sentir culpada sempre que eu dizia “não”.

A cada novo episódio, eu me sentia mais confusa, mais cansada e menos confiante em mim mesma. Era como se eu tivesse perdido o controle da minha própria casa e da minha vontade. Por fora, parecia tudo normal — mas por dentro, eu vivia em constante tensão. Foi nesse momento que encontrei as orientações. Elas não me ofereceram respostas prontas, mas me mostraram algo que eu nunca havia aprendido: a diferença entre ser boa e ser ingênua.

Cada orientação me fez enxergar a situação com mais clareza. Aprendi que não devo confiar cegamente em todos, que preciso estabelecer limites firmes e, acima de tudo, que minha paz vale mais do que qualquer aparência de simpatia. Com o tempo, comecei a me afastar com respeito, a impor regras de convivência e a me libertar da culpa que me mantinha presa. Entendi que dizer “não” também é um ato de amor — amor próprio.

Hoje, ainda moro no mesmo prédio, mas vivo de um jeito completamente diferente. Tenho serenidade para escolher com quem quero conviver e firmeza para proteger o meu espaço. As orientações me ajudaram a recuperar o controle da minha vida e a entender que maturidade é saber agir com empatia, mas sem se deixar dominar. Elas me deram direção quando eu me sentia perdida — e me ensinaram que a verdadeira liberdade começa quando aprendemos a não deixar que os outros nos usem em nome da bondade.

Crescer e amadurecer não é um caminho rápido nem sempre leve — mas é um dos mais valiosos que você pode escolher. Haverá dias de força e dias de cansaço, momentos de clareza e momentos de dúvida. E tudo bem.

O que importa é não caminhar no escuro por falta de conhecimento. Buscar compreender a si mesmo(a) e a vida é como acender luzes no seu próprio caminho — você passa a enxergar onde está, para onde pode ir e como chegar lá.

Assim esta pessoa que, ao compreender profundamente a realidade em que estava, percebeu que mudar não era apenas uma opção, mas uma necessidade para viver melhor — e decidiu dar os passos necessários —, você também pode transformar o rumo da sua história.

E, sempre que precisar, saiba que este espaço estará aqui para lembrar que você não está sozinho(a) nessa jornada. Que existe, sim, um jeito de construir uma vida mais firme, consciente e satisfatória, passo a passo, no seu ritmo, mas com a certeza de que é possível.

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