A VIDA ATUAL DA XIǍO FĀNG
Ressignificando a dor e decidindo abraçar a mudança necessária
Quando o divórcio aconteceu, senti como se uma parte de mim tivesse sido arrancada. Foram doze anos de convivência, sonhos e tentativas, e de repente tudo o que restava era silêncio — um silêncio que pesava mais do que qualquer discussão que já tivemos. O vazio dentro de casa era o reflexo do que eu já sentia por dentro há muito tempo: uma mistura de tristeza, confusão e medo do futuro.
Nos primeiros meses, tentei preencher esse vazio de todas as formas possíveis — trabalho em excesso, distrações, longas horas nas redes sociais. Mas nada adiantava. As lembranças voltavam como ondas, e junto com elas vinham perguntas que pareciam não ter resposta: “Será que fiz o certo?”, “Será que poderia ter tentado mais?”. Eu não sabia como recomeçar, nem quem eu era fora daquele casamento.
Estas orientações me ensinaram algo que eu nunca tinha compreendido e enxergado de verdade: que o fim de um relacionamento não é o fim da vida, e sim o início de um reencontro com a própria essência. Cada orientação parecia conversar comigo — me ajudando a entender as razões do divórcio, aceitar a realidade, respeitar as decisões do meu ex-marido e, principalmente, cuidar da minha mente e das minhas emoções com mais sabedoria. Esse processo não foi simples, mas é a mais pura realidade de como deve ser encarado, aceitando ou não.
Aos poucos, percebi que o que mais doía não era a separação em si, mas o quanto eu havia me afastado de mim mesma durante o casamento, as páginas de tudo o que foi construído todos estes anos e o tempo dedicado em todas as fases que vivenciei. As orientações me ajudaram a reconstruir meu equilíbrio interior, a estabelecer limites saudáveis e a recuperar a serenidade que eu havia perdido. Hoje, compreendo que amadurecer é aceitar o que já não cabe mais e seguir com leveza, mesmo com cicatrizes.
Ainda há dias em que a saudade aparece, mas ela já não me aprisiona. Ela apenas me lembra que vivi, que amei e que aprendi. As orientações me mostraram o caminho para lidar com a dor sem perder a dignidade — e, acima de tudo, para recomeçar com consciência, firmeza e amor próprio.
Crescer e amadurecer não é um caminho rápido nem sempre leve — mas é um dos mais valiosos que você pode escolher. Haverá dias de força e dias de cansaço, momentos de clareza e momentos de dúvida. E tudo bem.
O que importa é não caminhar no escuro por falta de conhecimento. Buscar compreender a si mesmo(a) e a vida é como acender luzes no seu próprio caminho — você passa a enxergar onde está, para onde pode ir e como chegar lá.
Assim esta pessoa que, ao compreender profundamente a realidade em que estava, percebeu que mudar não era apenas uma opção, mas uma necessidade para viver melhor — e decidiu dar os passos necessários —, você também pode transformar o rumo da sua história.
E, sempre que precisar, saiba que este espaço estará aqui para lembrar que você não está sozinho(a) nessa jornada. Que existe, sim, um jeito de construir uma vida mais firme, consciente e satisfatória, passo a passo, no seu ritmo, mas com a certeza de que é possível.