Viver os conflitos no casamento foi mais doloroso do que eu podia imaginar. Eu sempre sonhei com uma relação marcada por respeito e parceria, mas, na prática, cada conversa parecia se transformar em uma batalha. As discussões surgiam por motivos pequenos e se acumulavam até criar um muro de mágoas entre mim e meu esposo. Eu me sentia em constante alerta, como se qualquer palavra pudesse ser um gatilho para mais uma briga.

Quando comecei a conhecer as orientações maduras, percebi que os conflitos não eram apenas sobre os assuntos em si, mas sobre a forma como lidávamos com eles. Entendi que era preciso identificar as causas reais das discussões, assumir minha parte de responsabilidade e parar de colocar toda a culpa no outro. Esse olhar mais lúcido me ajudou a perceber que o problema não estava apenas nas diferenças, mas também na falta de maturidade na forma de enfrentá-las.

Passei a distinguir melhor o que era minha responsabilidade e o que cabia a ele. Isso me trouxe clareza para não carregar pesos que não eram meus e, ao mesmo tempo, assumir de forma plena os erros que eram meus. Estabelecer limites claros e cultivar respeito mútuo se tornou uma prática, mesmo que difícil, mas necessária para manter a harmonia.

Também compreendi que, para o casamento florescer, eu precisava cuidar de mim. Cuidar da minha mente, das minhas emoções e do meu corpo fez com que eu tivesse mais equilíbrio para lidar com os momentos de tensão. Além disso, resgatar objetivos pessoais e matrimoniais trouxe um senso de propósito que antes estava perdido em meio às brigas.

Aplicar os princípios da família matrimonial foi essencial. Aos poucos, comecei a enxergar que o matrimônio não é um campo de batalha, mas um espaço para crescer lado a lado, mesmo diante das diferenças. Hoje, ainda existem conflitos, mas eles não têm mais o mesmo poder destrutivo. Aprendi que, com clareza, respeito e maturidade, é possível transformar os desentendimentos em oportunidades de aproximação e fortalecimento do vínculo.