A VIDA ATUAL DA SABRINA
Decidindo abraçar a reconstrução da minha vida
Eu nunca imaginei que viver o abandono conjugal pudesse me colocar diante de um vazio tão profundo. No início, as ausências do meu marido pareciam apenas pequenos sinais, mas aos poucos percebi que ele havia decidido viver a vida dele, distante de mim e de nossas responsabilidades conjuntas. As palavras dele ainda ecoam na minha mente: “não quero mais ficar com você”. E logo depois, o silêncio definitivo tomou conta do lar que antes era cheio de planos e sonhos a dois.
Ao conhecer este conteúdo, estas orientações me deram direção e clareza para lidar com esta situação de modo firme e maduro, me ajudando a reconstruir minha vida com consciência, clareza, força e equilíbrio.
Nos primeiros dias, eu me senti perdida, com medo, raiva e uma tristeza que parecia não ter fim. Questionava meu valor, minhas escolhas, tudo o que investi naquele relacionamento. As rotinas se tornaram mais pesadas, e as noites longas, repletas de lembranças e dor. Procurei apoio em amigas, tentei me ocupar com o trabalho, mas o peso emocional permanecia constante.
Com o tempo, fui percebendo que precisava assumir as responsabilidade pelo meu próprio equilíbrio e reconstruir minha vida de dentro para fora. Aprendi que cuidar da mente não era apenas um gesto de autocuidado, mas um ato de sobrevivência emocional. Comecei a meditar, fortalecer o modo como eu enxergava a vida, a refletir sobre minhas emoções, a escrever meus pensamentos e a buscar terapia quando necessário. Passei a valorizar meus momentos comigo mesma, a praticar atividades físicas e a cultivar hábitos que fortalecessem minha resiliência e clareza mental.
Hoje, ainda sinto a ausência e o vazio deixados pelo abandono, mas estou mais consciente de mim mesma. Aprendi a redescobrir meu valor, a viver novamente a vida e a seguir meus próprios objetivos com firmeza. Cuidar da minha mente, das minhas emoções e do meu corpo tornou-se uma prioridade, permitindo que eu enfrente desafios com mais serenidade, equilíbrio e força interior. Descobri que reconstruir minha vida não significa esquecer o passado, mas crescer a partir dele, assumindo o controle do meu presente e criando um futuro mais pleno e maduro.
Crescer e amadurecer não é um caminho rápido nem sempre leve — mas é um dos mais valiosos que você pode escolher. Haverá dias de força e dias de cansaço, momentos de clareza e momentos de dúvida. E tudo bem.
O que importa é não caminhar no escuro por falta de conhecimento. Buscar compreender a si mesmo(a) e a vida é como acender luzes no seu próprio caminho — você passa a enxergar onde está, para onde pode ir e como chegar lá.
Assim esta pessoa que, ao compreender profundamente a realidade em que estava, percebeu que mudar não era apenas uma opção, mas uma necessidade para viver melhor — e decidiu dar os passos necessários —, você também pode transformar o rumo da sua história.
E, sempre que precisar, saiba que este espaço estará aqui para lembrar que você não está sozinho(a) nessa jornada. Que existe, sim, um jeito de construir uma vida mais firme, consciente e satisfatória, passo a passo, no seu ritmo, mas com a certeza de que é possível.